domingo, 12 de abril de 2015

SR. REDATOR...

CORREIO DA BAHIA
QUINTA-FEIRA, 28 DE OUTUBRO DE 2004
No momento em que chega ao final, com vitória da democracia, do processo eleitoral para a prefeitura de Salvador, nada melhor do que refletir-se sobre a qualidade de vida dos soteropolitanos, cuja cidade vê-se a cada dia que passa mais e mais sobrecarregada pelos migrantes, expulsos do campo não só pela mecanização de colheitas, como também pelo medo dos fazendeiros, em terem suas propriedades ameaçadas não só pelos sem-terra, como pela própria legislação trabalhista que onera pesadamente o patrão, principalmente nos litígios trabalhistas. Mas o que teria isso a ver (essa reflexão inicial) sobre a morte do Rio São Francisco? Muito simples: com a sua morte, pelo propalado desvio de suas águas, para onde iria essa massa imensa de pessoas que vivem às suas margens? Resposta: para as cidades, como Salvador e tantas outras. Aí, haja mais escolas, saneamento básico, segurança, educação e empregos. Somos contra o desvio. Mirem-se no exemplo de Brasília, onde por 20 anos desfrutei daquela beleza arquitetônica tranqüila para se viver: hoje rodeada de favelas e violência por todos os lados, com assaltos e saidinhas bancárias à plena luz do dia no Plano Piloto. Enquanto em Salvador...

Egnaldo Araújo

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