terça-feira, 7 de abril de 2015

COMO SE LAVA A JATO 

PANELA IMPORTADA 23.03.205


      Há na praça uma denúncia de uma espécie golpe sobre a venda de uma tal panela importada (não soube de onde) , que é oferecida aos incautos, por assim dizer, por preço de banana (daqueles bons tempos) e, ao aceitar o negócio, a pessoa é surpreendida dias depois com a cobrança em dobro, por um artifício obscuro, verdadeira operação lava à jato.

LAVAGEM CEREBRAL

    Uma outra história, esta que aconteceu comigo semana recente, (esta que, para o classe média umaverdadeira pegadinha) é a venda de uma panela produzida com uma tal de liga hospitalar “de primeiríssima qualidade e refinadíssima usinagem”. (Pelo entusiasmo do expositor, panela essa que após ser usada, deveria para ser guardada dentro de um cofre forte he he he).
Ligam para a sua casa e propõem uma demonstração ( “não vai lhe custar nada”) de uma nova panela, produto esse importado da Itália” em que o vendedor bem treinado, traz para a sua cozinha peito de frango, hortaliças que, sem água, são postos para cozinhar na tal panela, tudo isso acompanhado de uma lavagem cerebral em que o expositor a toda hora te diz: “saúde não tem preço, o que importa é a qualidade de sua alimentação feita nesta maravilhosa panela”.
Não esperava passar por tamanha vergonha, quando o falante expositor nos pede emprestadas três das nossas “maltratadas e amassadas panelas”, para fazer algumas experiências químicas e, com o maior desembaraço tenta nos fazer acreditar que “Com panela velha não se faz comida boa”, he he he...
Isso, principalmente quando nos informa que pelo conjunto de cinco unidades de sua maravilhosa panela, nos pede a “bagatela” de R$5.200,00; (cinco mil e duzentos reais)
ou R$1.040,00 reais por cada uma delas, com tampa e tudo.
E eu, cá com meus botões: “Para ele, o vendedor ficar feliz de barriga cheia, e eu a ficar, além de barriga vazia, com dispensa oca, estourando de prestações bancárias para pagar”.
Ah! Ia esquecendo, o que era para ser uma simples demonstração tecnológica, se transformou numa queda de braço ou briga de foice, para que comprássemos o tal produto de “ótima qualidade”. No final, (por falta de grana mesmo), quando finalmente nos livramos (uff!) de tal incômoda “demonstração” (por sinal muito bem conduzida), fiquei a observar mais detidamente as paredes da velha cozinha, com ladrilhos antiquados, e pensei: “Mas, como é que iriamos cozinhar naquela “maravilha” de panela milionária, estando a viver numa morada simples, não condizente até com um novo padrão culinário futurista”? ´É como já dizia a minha titia Elísia, uma cabocla sertaneja vivida: “Meu filho, não se coloca brinco de ouro em focinho de porco”.. Contudo: se os brincos são meus, os coloco onde bem aprouver. `Por fim aqui deixo um alerta para aquela amiga que sugeriu a tal “demonstração”:
Caríssima ex amiga (da onça):
-Um dia a casa cai (em cima do seu fogão à lenha); Quem pariu Mateus que vá fazer o mingau na sua panela. Melhor dizendo, amigalhona oncilda: As suas batatas estão cozinhando!!! “. E mais ainda, “Em fogo lento”.
Egnaldo Araújo – DRT – 4230- DF.

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