domingo, 12 de abril de 2015

PIONEIROS DE BRASÍLIA

QUINTA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2009
Sr. Redator,
Como já dizia o cantor Jackson do Pandeiro (já falecido), “o Brasil nasceu foi na Bahia, o resto é interior", citação até contestada pelos estados chamados desenvolvidos. Contudo, para o goiano-brasiliense José Walter Nunes, 49, professor da Universidade de Brasília, em seu livro Patrimônios Subterrâneos em Brasília, afirma que apesar das histórias sobre a fundação de Salvador, a que conta sobre os bastidores da fundação de Brasília e que serviu de base para a sua tese de doutoramento em História pela UnB, daria, como deu (produziu vídeos), para fazer um longa metragem.
Em Salvador, ao ser convidado para proferir palestra sobre os pioneiros de Brasília no Colégio Guiomar Pereira, no Rio Vermelho, ele afirma que a Bahia é e sempre será fonte inesgotável de pesquisas sobre seus usos e costumes. Contudo, a história da criação de Brasília, pelo ex-presidente Juscelino K. de Oliveira, continua atraindo a atenção de pesquisadores pelo grande impacto que a sua instalação no cerrado goiano continua a trazer para toda a região do Brasil Central.
"A mudança da Capital", outro livro, este do jornalista Adirson Vasconcelos. Além dos aspectos atuais, cita-nos a visita da comissão Cruls ao Planalto Central ainda no final do século XIX, quando em Planaltina foram feitas de­marcações ali sobre a futura localização da nova capital.
Quando, por assim dizer, aportamos em Brasília, novembro de 1972, já se iam 12 anos da inauguração da capital pelo presidente JK, contudo a cidade ainda se mostrava um verdadeiro canteiro de obras, apesar de já estarem prontos o Aeroporto, Estação Rodoviária, Hospital de Base, cidades satélites, as superquadras para habitação, as quadras de comércio, os prédios dos ministérios, a Câmara Federal, o Senado, os palácios do presidente, Itamaraty, Teatro Nacional, Conjunto Nacional, Hotel Nacional, setores Hoteleiros Sul e Norte do governador e toda a W-3 Sul e Norte, com a implantação complementar das cidades satélites. A valsa dos 15 anos da cidade foi dançada (no Governo Elmo Farias) nos salões do clube Cota Mil, à beira do Lago Paranoá. Naquela solidão de concreto conviviam brasileiros de todos os quadrantes, dentre nordestinos, mineiros, goianos (em quantidade) e sulistas, numa convivência de duro trabalho.

Egnaldo Araújo, 68
DRT - 4230 - DF

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