sábado, 11 de abril de 2015

HISTÓRIAS DO SUL DA BAHIA XXI

SR. REDATOR                                                                                                20-08-2004
Enquanto os Ferroviários lutam por melhoria salarial, os trens urbanos e suburbanos lutam para sobreviverem às multinacionais dos combustíveis e de automotores. Claro que não interessa a esses seguimentos o incremento de ferrovias, por um motivo muito simples: enquanto um trem transporta de 5, 6, 8, 12 ou mais composições (o correspondente a vários ônibus, caminhões e carretas) transportando de uma só vez, várias toneladas a baixo custo, um caminhão/carreta, com transporte limitado de tonelagem, gasta muito mais combustível, pneus, peças e outros itens de grande interesse das transnacionais. Mas ainda é tempo deste quadro ser revertido, retomando-se o transporte marítimo e ferroviário brasileiro, com sua desprivatização (a exemplo da Comab), caso os concessionários atuais deixem de cumprir o prometido e acordado com vistas à manutenção, reativação e maior implementação de novas ferrovias.
FERRADAS
Quando os concessionários ingleses iniciaram em Ilhéus a construção da linha férrea, esta, que deveria atingir Vitória da Conquista e dali interligar-se com outros sistemas no Sul do País, parou poucos quilômetros adiante, em Itabuna. Até hoje não se sabe nitidamente os motivos, se políticos ou econômicos. O que constatamos é que, igualmente a tantas outras, vieram a ser desativadas as de Ilhéus e a Estrada de Ferro Nazaré, no Recôncavo, apesar dos esforços de alguns abnegados defensores, como o do nazareno, ex-vereador e deputado Federal Walson Lopes (falecido). Em Nazaré, pelo menos por mérito do ex-prefeito Clóvis Figueiredo, a antiga Estação foi transformada num espaço cultural/memorial onde se pode conhecer ali, ao vivo, a segunda máquina a vapor da América do Sul.
Para comemorar-se com sucesso, em 2010 os 100 anos de Itabuna (Tabocas), as Estações de trens e a linha Ilhéus - Itabuna, bem que poderiam ser reativadas, assim como a implantação do Memorial Jorge Amado, na casa onde em 1914 o escritor nasceu, na Vila de Ferradas, A história e o turismo agradecem.

Egnaldo Araújo - DRT - 4230-DF

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