sábado, 11 de abril de 2015

ÁGUA É VIDA

TRIBUNA DA BAHIA
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2004
Sr. Redator:
Por ser a água um dos bens mais preciosos da terra, precisamos urgentemente cuidar dos nossos rios, lagos, charcos, mares, florestas e nascentes. Recentemente a Petrobras, num ato negligente deixou transbordar suas lagoas de dejetos químicos em extensa área do Recôncavo baiano, matando crustáceos e, em conseqüência quebrando importante cadeia alimentar marinha. Fato esse que vem se tornando quase que trivial pela maioria de pequenas, médias e grandes indústrias de Norte a Sul do Brasil.
O mesmo vem acontecendo com as lagoas de oxidação de algumas prefeituras, as quais na sua maioria jogam os esgotos diretamente dentro dos córregos e rios, a exemplos de Itabuna, Itajuipe, Jequié, dentre outras. Em Jaguaquara, está a acontecer um dos maiores crimes ecológicos que se tem notícia na área agrícola estão desmatando a última reserva de água da região, a Fazenda dos Petaccias, cujo proprietário já falecido, italiano, manteve, desde 1940 uma reserva de mata e água, que agora vem sofrendo agressões continuadas, sem que providências sejam tomadas pelo Ibama. Sem autorização da viúva e herdeiros, pessoas inescrupulosas estão cortando a madeira o que virá esterilizar toda a região por falta de proteção da nascente. Ou seja, teremos já, já mais uma área desértica.
Vale a pena refletir-se sobre os efeitos nefastos que as bombas americanas, inglesas iraquianas causam ao meio ambiente, ao matar pessoas e, principalmente ao envenenarem com artefatos e produtos químicos as fontes naturais de água, somando-se a isto tudo as chuvas químicas e processos similares gerados pelos parques petroquímicos/industriais. Poluição dos ares, como os constatados em centros urbanos, como Cubatão, Camaçari, Aratu e outros. Por outro lado deve-se levar igualmente em consideração os nefastos efeitos dos projetos agro-industriais que levam para dentro dos rios (São Francisco e outros) toneladas e toneladas de defensivos agrícolas, sem que medidas efetivamente drásticas de combate a esses crimes contra as nossas águam sejam tomadas. Nós do Grupo Ecoterra pedimos Paz para a Água e, fazemos apelo ao parlamento baiano e ao Estado brasileiro, no sentido de difundir no País e divulgar amplamente com maior eficiência a nova Lei ambiental 7.799 de 2001 em vigor. Que a ONU atue junto aos países membros e, sobretudo os beligerantes para que respeitem os acordos firmados recentemente com relação ao Meio Ambiente. Água e Vida.

Egnaldo Araújo

Grupo Ambientalista Ecoterra

Nenhum comentário:

Postar um comentário