O telefone preto sem fio toca, (aquele que, quando isso acontece fica-se todos à sua procura, sem saber-se onde foi largado na última vez que o usamos), e uma voz do outro lado da linha diz: ” Alô é da casa dos primos ? “Se preparem, nosso filho vai se formar em Gastronomia na UFBa aí na Capital e já já estaremos chegando para um visitinha rápida de uns dois dias levando farinha de copioba e uma carne do Sol de Itororó, para fazermos uma carne-do-sol com pirão de leite.”
Uma das melhores coisas da vida da gente é quando temos a alegria de receber em nossa morada pessoas de quem gostamos; é algo fenomenal e até nostálgico, pelas lembranças daqueles familiares, amigos, professores e colegas de escola tão importantes em nossas vidas (aqui abriria por exemplo um parêntesis sobre as figuras do seo Zinho e Lenice Sodré, da pracinha da igreja de Ferradas – Itabuna, e da minha mãezona e sogra, a inesquecível Valdete Martins, diretora do Colégio Guiomar Pereira, Escola que por 42 anos funcionou no bairro do Rio Vermelho, em Salvador-Bahia).
Os pais de Danilo Sodré, (um dos 12 formandos em Gastronomia pela Universidade Federal da Bahia, turma com 10 mulheres e só dois homens), nem bem arriaram as malas, se mandaram para o salão de beleza, para se prepararem para a formatura e darem um abraço especial no novo cozinheiro da família, o qual nem bem recebeu o canudo já está arrumando as malas para um estágio fora do país. Os dois dias passaram rápidos pela grande movimentação, visita ao Pelourinho, passeio no novo metrô e compras, voaram numa velocidade meteórica e, nem bem nos demos contas, já estávamos dando adeus aos grapiúnas Jorge e Tânia Sodré, que moram às margens do rio Cachoeira, na vila de Ferradas, Itabuna, ao lado da casa onde em 1911 nasceu o escritor Jorge Amado, esse, seu primo em terceiro grau.
Egnaldo Araújo – DRT – 4230 – DF. 071 – 87002760
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