TRIBUNA DA
BAHIA
QUARTA-FEIRA,
27 DE OUTUBRO DE 2004
Sr. Redator:
No momento em que chega ao final, com vitória da democracia, do processo
eleitoral para a prefeitura de Salvador, nada melhor do que refletir-se sobre a qualidade de vida dos soteropolitanos, cuja cidade vê-se a cada dia que passa mais e mais sobrecarregada pelos migrantes, expulsos
do campo não só pela mecanização de colheitas, como também pelo medo dos
fazendeiros, em terem suas propriedades ameaçadas não só pelos sem terra, como
pela própria legislação trabalhista que onera pesadamente o patrão,
principalmente nos litígios trabalhistas. Mas o que teria isso a ver (essa
reflexão inicial) sobre a morte do Rio São Francisco? Muito simples: S.O.S.
Águas. Com a sua morte, pelo propalado desvio de suas águas, para onde iria
essa massa imensa de pessoas que viver às suas margens? Resposta: Para as
cidades, como Salvador e tantas outras. Aí, haja mais escolas, saneamento
básico, segurança, educação e empregos. Somos contra o desvio. Mirem-se no exemplo de Brasília, onde por 20 anos desfrutei daquela beleza arquitetônica tranqüila para se viver: hoje rodeada de favelas e violência por todos os lados, com
assaltos e saidinhas bancárias à pena luz do dia no Plano Piloto. Enquanto em
Salvador...
Egnaldo
Araújo
Salvador
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