QUINTA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2009
Sr. Redator,
Como já dizia o cantor Jackson do Pandeiro (já
falecido), “o Brasil nasceu foi na Bahia, o resto é interior", citação até
contestada pelos estados chamados desenvolvidos. Contudo, para o
goiano-brasiliense José Walter Nunes, 49, professor da Universidade de
Brasília, em seu livro Patrimônios Subterrâneos em Brasília, afirma que apesar
das histórias sobre a fundação de Salvador, a que conta sobre os bastidores da
fundação de Brasília e que serviu de base para a sua tese de doutoramento em
História pela UnB, daria, como deu (produziu vídeos), para fazer um longa
metragem.
Em Salvador, ao ser convidado para proferir palestra
sobre os pioneiros de Brasília no Colégio Guiomar Pereira, no Rio Vermelho, ele
afirma que a Bahia é e sempre será fonte inesgotável de pesquisas sobre seus
usos e costumes. Contudo, a história da criação de Brasília, pelo ex-presidente
Juscelino K. de Oliveira, continua atraindo a atenção de pesquisadores pelo
grande impacto que a sua instalação no cerrado goiano continua a trazer para
toda a região do Brasil Central.
"A mudança da Capital", outro livro, este
do jornalista Adirson Vasconcelos. Além dos aspectos atuais, cita-nos a visita
da comissão Cruls ao Planalto Central ainda no final do século XIX, quando em
Planaltina foram feitas demarcações ali sobre a futura localização da nova
capital.
Quando, por assim dizer, aportamos em Brasília,
novembro de 1972, já se iam 12 anos da inauguração da capital pelo presidente
JK, contudo a cidade ainda se mostrava um verdadeiro canteiro de obras, apesar
de já estarem prontos o Aeroporto, Estação Rodoviária, Hospital de Base,
cidades satélites, as superquadras para habitação, as quadras de comércio, os
prédios dos ministérios, a Câmara Federal, o Senado, os palácios do presidente,
Itamaraty, Teatro Nacional, Conjunto Nacional, Hotel Nacional, setores
Hoteleiros Sul e Norte do governador e toda a W-3 Sul e Norte, com a
implantação complementar das cidades satélites. A valsa dos 15 anos da cidade
foi dançada (no Governo Elmo Farias) nos salões do clube Cota Mil, à beira do
Lago Paranoá. Naquela solidão de concreto conviviam brasileiros de todos os
quadrantes, dentre nordestinos, mineiros, goianos (em quantidade) e sulistas,
numa convivência de duro trabalho.
Egnaldo Araújo, 68
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