TRIBUNA DA BAHIA
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2004
Sr. Redator:
Por ser a água um dos bens mais
preciosos da terra, precisamos urgentemente cuidar dos nossos rios, lagos,
charcos, mares, florestas e nascentes. Recentemente a Petrobras, num ato
negligente deixou transbordar suas lagoas de dejetos químicos em extensa área
do Recôncavo baiano, matando crustáceos e, em conseqüência quebrando importante
cadeia alimentar marinha. Fato esse que vem se tornando quase que trivial pela
maioria de pequenas, médias e grandes indústrias de Norte a Sul do Brasil.
O mesmo vem acontecendo com as
lagoas de oxidação
de algumas prefeituras, as quais na sua
maioria jogam os esgotos diretamente dentro dos córregos e rios, a exemplos de
Itabuna, Itajuipe, Jequié, dentre outras. Em
Jaguaquara, está a acontecer um dos maiores crimes ecológicos que se tem
notícia na área agrícola estão desmatando a última reserva de água da região, a
Fazenda dos Petaccias, cujo proprietário já falecido, italiano, manteve, desde
1940 uma reserva de mata e água, que agora vem sofrendo agressões continuadas,
sem que providências sejam tomadas pelo Ibama. Sem
autorização da viúva e herdeiros, pessoas inescrupulosas estão cortando a
madeira o que virá esterilizar toda a região por falta de proteção da nascente.
Ou seja, teremos já, já mais uma área desértica.
Vale a pena refletir-se sobre os
efeitos nefastos que as bombas americanas, inglesas iraquianas causam ao meio
ambiente, ao matar pessoas e, principalmente ao envenenarem com artefatos e
produtos químicos as fontes naturais de água, somando-se a isto tudo as chuvas
químicas e processos similares gerados pelos parques petroquímicos/industriais.
Poluição dos ares, como os constatados em centros urbanos, como Cubatão,
Camaçari, Aratu
e outros. Por outro lado deve-se levar
igualmente em consideração os nefastos efeitos dos projetos agro-industriais que levam para dentro dos rios (São Francisco e
outros) toneladas e toneladas de defensivos agrícolas, sem que medidas
efetivamente drásticas de combate a esses crimes contra as nossas águam sejam
tomadas. Nós do Grupo Ecoterra pedimos Paz para a Água e, fazemos apelo ao
parlamento baiano e ao Estado brasileiro, no sentido de difundir no País e
divulgar amplamente com maior eficiência a nova Lei ambiental 7.799 de 2001 em
vigor. Que a ONU atue junto aos países membros e, sobretudo os beligerantes
para que respeitem os acordos firmados recentemente com relação ao Meio Ambiente.
Água e Vida.
Egnaldo
Araújo
Grupo
Ambientalista Ecoterra
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