TRIBUNA DA BAHIA
SÁBADO E DOMINGO,
27 E 28 DE JANEIRO DE 2007
Sr. Redator, Até que enfim os roteiristas de novelas
começam a falar a língua dos homens, ou melhor, a linguagem do cotidiano em
tempo real. Um dos quadros que mais tem despertado a atenção do público é a
abordagem de situações, antes Esdrúxulas, como casos de 1 homossexualismo,
lesbianismo e agora a questão da síndrome de down. Na verdade o que a novela
das oito apresenta, como a questão daquela criança excepcional, nada mais é do
que o desejo escondido de todos os pais em situação similar, de valorizar os
seus rebentos, filhotes esses que nasceram com pequeno defeito
de fabricação (concepção). Aliás, os psicólogos e
terapeutas há muito tempo vêm tentando convencer a esses pais, que não deveriam
esconder seus "pequenos estranhos seres (filhos)" dos avanços
tecnológicos e, muito menos dos olhares curiosos do público, vizinhos e parentes,
pois isso só tenderia a retardar um maior desenvolvimento de deles. Finalmente,
até que enfim, esse quadro deverá mudar com um maior esclarecimento, motivando
mais aceitação desses excepcionais pelas escolas e pelos próprios pais, aqui
principal entrave no maior
desenvolvimento intelectual e entrosamento dessas
crianças com a sociedade em geral.
ARAUÁ
Por alguns dias passamos a conviver num desses
condomínios com uma dessas crianças, menino de seus 12 a 13 anos que,
acompanhado de pais, (uma super mãe viúva) tios, primos, curtia com a maior
naturalidade (e empatia de outras crianças) as suas férias. Não é fácil
conviver com esse tipo de . excepcionalidade, que exige tempo integral de
acompanhamento. Não basta ser simplesmente pais para cuidá-los, mas ter que
oferecer amor 24 horas por dia e anos, e, extrema adoração por toda a vida.
Egnaldo Araújo
Salvador/Ba
Nenhum comentário:
Postar um comentário