SR. REDATOR 20-08-2004
Enquanto os Ferroviários lutam por
melhoria salarial, os trens urbanos e suburbanos lutam para sobreviverem às
multinacionais dos combustíveis e de automotores. Claro que não interessa a
esses seguimentos o
incremento de ferrovias, por um motivo muito simples: enquanto um trem
transporta de 5, 6, 8, 12 ou mais composições (o correspondente a vários
ônibus, caminhões e carretas) transportando de uma só vez, várias toneladas a
baixo custo, um caminhão/carreta, com transporte limitado de tonelagem, gasta muito mais combustível, pneus,
peças e outros itens de grande interesse das transnacionais.
Mas ainda é tempo
deste quadro ser revertido, retomando-se o transporte marítimo e ferroviário
brasileiro, com sua desprivatização (a exemplo da Comab), caso os
concessionários atuais deixem de cumprir o prometido e acordado com vistas à
manutenção, reativação e maior implementação de novas ferrovias.
FERRADAS
Quando os concessionários ingleses
iniciaram em Ilhéus a construção da linha férrea, esta, que deveria atingir
Vitória da Conquista e dali interligar-se com outros sistemas no Sul do País,
parou poucos quilômetros adiante, em Itabuna. Até hoje não se sabe nitidamente
os motivos, se políticos ou econômicos. O que constatamos é que, igualmente a
tantas outras, vieram a ser desativadas as de Ilhéus e a Estrada de Ferro
Nazaré, no Recôncavo, apesar dos esforços de alguns abnegados defensores, como
o do nazareno, ex-vereador e deputado Federal Walson Lopes (falecido). Em Nazaré, pelo
menos por mérito do ex-prefeito Clóvis Figueiredo, a antiga Estação foi
transformada num espaço cultural/memorial onde se pode conhecer ali, ao vivo, a
segunda máquina a vapor da América do Sul.
Para comemorar-se com sucesso, em 2010 os 100 anos de Itabuna (Tabocas), as Estações de trens e a linha Ilhéus -
Itabuna, bem que
poderiam ser reativadas,
assim como a
implantação do Memorial
Jorge Amado, na casa
onde em 1914 o escritor nasceu, na Vila de Ferradas, A história e o turismo agradecem.
Egnaldo Araújo - DRT -
4230-DF
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