terça-feira, 15 de setembro de 2015

A CAMISINHA QUASE PERDIDA


Fiquei um verdadeiro bagaço, com a morte daquele amigo de quase longevas datas, ao retornar do cemitério, sozinho, vez que não suporto ver chororôs (não é que ao passar) por vários caixões, a procurar qual era o daquele contumaz bebedor de cervejas (sem se deixar ser alcoólatra), fui deparando com você (sai pra lá!) comigo próprio no futuro ali deitados, hirto e imóvel, possivelmente tendo em volta um monte de amigos, conhecidos, e, principalmente a viúva alegre, (no caso daquela boazuda dali) vez que por ser espírita, acha que ali não mais estaríamos e sim no Nosso Lar espiritual.
Ao chegar a casa, não sei por que dei para futucar (mexer) nas gavetas e adivinhe o que fui encontrando? Isso mesmo: Uma dentadura (perereca), prótese, de dois dentes, do lado esquerdo da arcada superior; canetas, fotos esmaecidas da formatura, lencinho que ela me deu no primeiro encontro atrás da igreja; moedas já sem valor e; Êpa! Uma camisinha, daquelas distribuídas gratuitamente no último carnaval pelos agentes de saúde.
De imediato, mais que depressa, coloquei tudo de volta e me piquei pro banheiro... He He He..
Uma covardia ficar ali no trono a fazer “força”, a relembrar os carnavais passados, a cantar: O requebra, requebra, requebra assimm... Colombina eu te amei, mas vocêeee não quuuiiiisss.... Vá ser velho assim, longe de mim..., Peguei a camisinha, retirei-a da embalagem, o enchi de ar dos pulmões, e, soltei aquele descomunal pênis inflado na rua pela (escotilha) janelinha do banheiro... he he he
E vosmicê? Farias o que?

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