sábado, 16 de maio de 2015


Solta-se da rosa a pétala sedosa ainda,
e perfumada dos aromas que partilhara naquele botão
Tão macia que era
Tão suave em seu cair
Ato-te ao ar num olhar de suspensão
Eternizo-te na memória de existir
De cada vez que passo junto ao vaso em que caíste
Sinto-te a fragrância
Toco-te a macieza perene
Naquele gesto mágico e furtivo de te ter em recordação
de te guardar onde persistes
Hoje, paro e não resisto em tocar o botão
maquinal deste relógio que atraso
Cem séculos, mil anos de demora
(Tanto tempo a suceder….)
Prendo-te nas nervuras do poema

Perpetuo-te na memória de escrever

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