quinta-feira, 14 de maio de 2015

EX - CAMELÔ DA RUA LARGA É COMEDOR DE POEIRA DE BRASLIA

Enquanto a falta de vergonha campeia junto a alguns políticos como o que se constata pelo que ocorre com o José Roberto Arruda de Brasília, preso sob acusações de malversação dos dinheiros públicos inclusive, ainda temos alguns exemplos de vida, como o que citamos a seguir, de um Davi, verdadeiro vencedor da luta contra o Golias da pobreza e da discriminação.
DESAFIO
Na década de 60, aquele rapazinho magrelo aos 19 anos ao chegar ao Rio de Janeiro para trabalhar como auxiliar de escritório do Banco do Brasil, aquele jovem irrequieto interiorano, após passar por várias sessões da agência da instituição bancária, logo logo sentiu-se como desestimulado, não só pelo minguado salário, (que mal dava para pagar aluguel, alimentação e transporte para a Faculdade). Já aborrecido de ter que lavar sua própria roupa, ao escutar de um colega a grande chance de partir para uma nova experiência, desta feita na nova Capital que tinha em marcha a sua construção no Planalto Central, não teve dúvidas: dirigiu-se ao seu chefe e pediu as contas. O diretor da Agência Rio Branco não se deu por vencido e, ao verificar a ficha do seu funcionário constatou que ele era muito dinâmico no seu trabalho e tudo fez para que ele ali permanecesse, mas não conseguiu.
RUA LARGA
Com dinheiro curto eis que em 1962 ele chega ao novo canteiro de obras que era a Capital Federal e passa a trabalhar na rua larga, que era o ainda traçado da avenida W-3 Sul, sua atividade: Camelô, a vender lenços para cabeça (devido a grande poeira que fazia) e outras quinquilharias. Dali para outros empreendimentos não demorou muito, quando um judeu ao observar o seu grande dinamismo e potencial de trabalho o convenceu a participar da exploração de um mercadinho no Plano Piloto, onde, no próprio local de trabalho ele dormia para cuidar de tudo desde compras vendas e outras providências indispensáveis para a evolução do negócio, que prosperou. Assim como outras figuras pioneiras de sucesso aquele jovem interiorano baiano que não tinha nem onde pernoitar, hoje conta no DF e Salvador com prédios e empreendimentos imobiliários de meter inveja.
Foi o que se poderia chamar de uma aguerrida luta de Davi (da pobreza) contra o Golias (o desafio de vencer).
Egnaldo Araújo
Egval@terra.com.br

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