Depois de algumas idas e vindas ficou acertado que a
presidente Dilma Rousseff vai encurtar sua estada em Bruxelas para voltar ao
Brasil a tempo de participar da abertura do 5º Congresso do PT, que será
realizado em Salvador, de quinta-feira a sábado. Para que tudo dê certo, os
petistas também irão atrasar em uma hora a abertura do encontro, que
anteriormente estava prevista para as 19 horas, e ficou marcada para as 20
horas, com chances de atrasar ainda mais um pouco.
A presença de Dilma no encontro do PT se transformou num
grande debate interno. Inicialmente, Dilma se preparou para ir ao encerramento
do encontro do partido, no sábado. Mas foi advertida que no final o encontro
estaria esvaziado - muita gente já teria viajado. Setores do PT indicavam
discurso crítico à política econômica de Joaquim Levy.
Em encontro regional do partido, também em Salvador, havia
uma faixa pedindo a demissão de Levy. As críticas de petistas, muitas delas
atribuídas ao ex-presidente Lula, irritaram a presidente Dilma.
No fim da semana passada, no entanto, veio a inflexão de
Lula: ele mudou o discurso e passou a defender que o PT passe a falar do
futuro, do "pós-ajuste" - cessando, assim, as críticas ao governo
Dilma e política econômica. Nesta semana, ele já demonstrou outro estado de
espírito, bem mais ameno em relação ao governo e com mais disposição. Para ele,
o PT precisa se preparar para enfrentar as dificuldades das eleições do ano que
vem . E, para isso, precisa que o governo se recupere. No período de transição,
no entanto, o partido deve estar ao lado do governo.
- Não dá para o PT fazer o papel de governo e de oposição ao
mesmo tempo - tentou traduzir um petista. Para Lula, segundo seus interlocutores, os petistas devem
apoiar o governo e não ceder ao caminho de fazer críticas públicas à política
econômico, mas tentar falar sobre o futuro.
Fonte: G1 - Da sempre bem informada CRISTIANA LÔBO
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