terça-feira, 10 de novembro de 2015

SÍMBOLO DE DESESPERANÇA

Ao ler o Editorial deste domingo, oito de novembro, do conceituado jornal A Tarde fiquei deveras esperançoso ao ler o título verdadeiramente otimista: Símbolo de esperança, ao se referir o texto de que “a região cacaueira, após 20 anos voltou a exportar cacau em grãos, em torno de seis mil toneladas, na semana passada do porto de Ilhéus, para a Holanda” O texto editorialista otimista retroage ao período em que aquela região passou por verdadeira crise produtiva, em virtude dos prejuízos que o fungo “Crinipellis perniciosa, causador da temida Vassoura de Bruxa”.
Como Igrapiúna que sou, e que ainda menino comeu o pão que o “chifrudo” amassou a ajudar ao empregado do dono da fazenda, meu pai (a quebrar os cocos amarelos) na beira de uma pilha de cacau, enquanto ficava eu e meu irmão a tirar as amêndoas com a
s próprias mãos; vez que continuo sendo, como sempre fui, constante visitante da região cacaueira. Por coincidência, na semana passada ali estive, e de onde acabo de retornar; ao trocar informações com um trabalhador “braçal” conferencista de carga de um depósito de cacau de Itabuna, fiquei, a saber, que naquela cidade, diariamente (exceto nas quartas-feiras) 05 cinco carretas carregadas de sacas de cacau, oriundas do Porto de Ilhéus ali, num grande depósito da cidade as descarregam. No porto do Malhado elas são carregadas de amêndoas importadas de portos estrangeiros e despejam suas cargas naquela cidade Itabunense.
Em sendo assim, sem querer, e querendo contestar tal informação de tão ilibado e tradicional veículo, acredito que algo de inacreditável deverá estar a acontecer no “reino da Dinamarca”. O que me levaria fatalmente a alterar o título do Editorial para em vez de Esperança, para, Símbolo de Desesperança, para a região cacaueira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário