O que irão fazer comigo quando eu ficar velho e imprestável?
Ou seja, quando estiver que usar fraldões, para que aquele cocô fedorento não
escorra pelos lençóis da casa de meu filho/filha (Isto: se eu tiver a sorte de
contar com tal deferência). Porque, na verdade, o que se constata na maioria
dos casos em que o cidadão fica alquebrado, "fudido" e mal pago, é
destinado mesmo para uma sarjeta qualquer, ou mesmo num abrigo D. Pedro II da
vida, isto é se conseguir vaga. (Aqui abro um parêntese sobre o nosso futuro de
profissionais sem uma Casa de Apoio ao Jornalista, que muito apropriadamente
deveria ser construída pelo SinJorba, ABI, dentre outras Entidades de Classe).
Aqui um exemplo razoável:
"Vive" lá em Brasília, largado num quartinho de
fundos de um daqueles apartamentos; alí depositado um meu ex-chefe de
reportagem da Rede Globo local. Ele, se é que ainda está vivo, deverá estar com
quase 94 anos de idade. Quando trabalhávamos, na década de 70, no Jornalismo da
Emissora, num subsolo do Edif. Antônio Venâncio da Silva, no Setor Comercial
Sul, era ele o primeiro que chegava e um dos últimos a deixar o trabalho. Um
negão de grande valor profissional, o qual, pelo visto, segundo um outro
companheiro contemporâneo (que me deu a informação dele): "Foi abandonado
não só pelo seu Sindicato, como pela Empresa de jornalismo pela qual doou seu
sangue, como também, pelo visto pelos próprios familiares".
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