sexta-feira, 7 de agosto de 2015

SEM CIA. & ILIMITADA OU MEIA SÓ PARA OS PÉS


Aqueles recém-formados em engenharia e arquitetura, Ambrósio e Ambrosias, os então amigos, engenheiros formados, ambos já trabalhando como professores da rede pública de ensino, com 40 horas de aulas semanais, cujos salários mal davam para alimentar aquelas suas mais primárias ambições (cinema ou teatro, jantares todo final de semana). Aspirando como vir a ter, carro dois ponto zero, com ar e direção hidráulica, casa própria (pois ainda morava de aluguel) e, quiçá, ser sócio proprietário do Yate Clube, um desbunde de status social, onde circulavam os mais variados e importantes contatos; comerciais e possivelmente sentimentais.
Até que num belo dia alugou-se uma sala comercial, num prédio de preços razoáveis e, dali iniciaram os contatos e captação de serviços de reformas de imóveis e alguns contratos para ampliação de clínicas e projetos diversos, no que o dinheiro começou a entrar e, como tal, as ambições de parte do seu parceiro sócio Ambrosias que, daí a uns tempos, do nada apareceu de carro zerinho, zerinho, o que deixou o sócio Ambrósio embasbacado. O que soube adiante é que o sócio Ambrosias, de certa época em diante, passou a escamotear contrato adquirido os quais passou a elabora-los por debaixo do pano, sem que o sócio soubesse.
Mas até que um dia o sócio A veio por acaso, a saber, de tais “infames” posturas. Chamou o sócio Ambrosias às falas e, após ouvir esfarrapadas desculpas, deu por encerrada tal sociedade, com o seguinte desabafo: “Sociedade com sócio não confiável”? Nunca mais. E Arrematou: “daqui por diante: Meia só para os pés”.
O sócio Ambrósio (distratante); talvez por professar a religião Espírita de Kardeck, nem um pouco se abalou por vivenciar aquela experiência fracassada. Vez que Formado em Engenharia e Arquitetura; nos últimos 20 anos vem usando bem suas ferramentas de trabalho a desenvolver atividades como autor de variados projetos de clinicas, hospitais e do Centro Administrativo de uma prefeitura do interior baiano, que
acompanhou e a construiu, com empresa própria contando com a participação de pessoas de sua confiança, (confiança essa que, segundo Ambrósio, “não se impõe; se adquire”) com as quais vem desenvolvendo importantes projetos na sua área de atuação.
Egnaldo Araújo - DRT – 4230 - DF.

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