domingo, 30 de agosto de 2015

O que irão fazer comigo quando eu ficar velho e imprestável?

O que irão fazer comigo quando eu ficar velho e imprestável? Ou seja, quando estiver que usar fraldões, para que aquele cocô fedorento não escorra pelos lençóis da casa de meu filho/filha (Isto: se eu tiver a sorte de contar com tal deferência). Porque, na verdade, o que se constata na maioria dos casos em que o cidadão fica alquebrado, "fudido" e mal pago, é destinado mesmo para uma sarjeta qualquer, ou mesmo num abrigo D. Pedro II da vida, isto é se conseguir vaga. (Aqui abro um parêntese sobre o nosso futuro de profissionais sem uma Casa de Apoio ao Jornalista, que muito apropriadamente deveria ser construída pelo SinJorba, ABI, dentre outras Entidades de Classe).
Aqui um exemplo razoável:
"Vive" lá em Brasília, largado num quartinho de fundos de um daqueles apartamentos; alí depositado um meu ex-chefe de reportagem da Rede Globo local. Ele, se é que ainda está vivo, deverá estar com quase 94 anos de idade. Quando trabalhávamos, na década de 70, no Jornalismo da Emissora, num subsolo do Edif. Antônio Venâncio da Silva, no Setor Comercial Sul, era ele o primeiro que chegava e um dos últimos a deixar o trabalho. Um negão de grande valor profissional, o qual, pelo visto, segundo um outro companheiro contemporâneo (que me deu a informação dele): "Foi abandonado não só pelo seu Sindicato, como pela Empresa de jornalismo pela qual doou seu sangue, como também, pelo visto pelos próprios familiares".


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