EU VOU VOLTAR... MAS, PRA ONDE?

Gente, a melhor coisa do mundo,
Eu afirmo e bato o pé
É dinheiro muito no bolso, saúde e Amigo de Fé.
Para completar, ajunte-se a tal de “mulé”.
Eu que sou da roça, sem noção e sem traquejo,
Fico todo “arrepiado” quando um mulherão eu vejo,

“Minino” fico todo abestalhado, fico mesmo sem noção; Num sei o que eu vim “fazê" na "Capitá”, sem dinheiro e sem tostão,
Aqui cheguei “amontado” em cima de um pau de arara;
A procura de trabalho, mas, só quebrei a cara.
Sem nem “sabê" "lê”, mal fazer as quatro “operação”,
Ao bater numa porta me dizem, “volte logo pro sertão.”
Também pudera, aqui, vi até “adevogado” a dirigir lotação;
Mas o que é que eu vou fazer lá na roça, naquele emaranhado;
Os “home” cercaram tudo, tudo mesmo, com muito arame farpado...
“Num” tem nenhum “fiapinho” de terra pra “nóis fazê” plantação
Só tem na beira da rodagem, quando não nos atropela um caminhão;
Mas, mesmo assim eu tenho fé, no meu São Cosme e São Damião;,
Um dia, como um Sem Terra voltarei pra roça, nem que seja num Caixão;
Valei-me meu São Jorge!
Vença logo esse Dragão da Inflação.